A sexualidade é sempre traumática!
Para o ser humano, se posicionar frente ao mal estar sexual é um desafio desde a infância. Sofremos de falta de um instinto animal que dite as regras da nossa direção sexual. Para o humano, em sua constituição, não há necessariamente uma equivalência direta entre o sexo e a sexuação subjetiva de cada pessoa. Não há correspondência direta e exclusiva entre gênero biológico e a posição sexuada do humano, este animal civilizado e falante. A escolha sexual não é determinada exclusivamente pelo gene, mas muito pelas identificações inconscientes e pelas influências da hereditariedade (estilos, traços, modos de criação transmitidos pelas gerações nos chamados “complexos familiares”). Se antes, em outros tempos, a sexuação ou posição sexuada era abafada e restrita à dicotomia entre dois gêneros, hoje, na nossa hipermodernidade líquida, tudo é mais fluido e sem padrões estanques, ainda mais na esfera sexual.. A mudança de sexo, atualmente, está mais acessível àquela pessoa para quem a natureza de seu organismo não é compatível com sua verdade subjetiva. Para além da liberdade sexual, o que fica em jogo é o sujeito que, sem saber ao certo sua posição sexuada, fica à deriva, objetalizado no fluxo de uma lógica dita “moderna”, porém muitas vezes sem bordas e sem limites.
Para o ser humano, se posicionar frente ao mal estar sexual é um desafio desde a infância. Sofremos de falta de um instinto animal que dite as regras da nossa direção sexual. Para o humano, em sua constituição, não há necessariamente uma equivalência direta entre o sexo e a sexuação subjetiva de cada pessoa. Não há correspondência direta e exclusiva entre gênero biológico e a posição sexuada do humano, este animal civilizado e falante. A escolha sexual não é determinada exclusivamente pelo gene, mas muito pelas identificações inconscientes e pelas influências da hereditariedade (estilos, traços, modos de criação transmitidos pelas gerações nos chamados “complexos familiares”). Se antes, em outros tempos, a sexuação ou posição sexuada era abafada e restrita à dicotomia entre dois gêneros, hoje, na nossa hipermodernidade líquida, tudo é mais fluido e sem padrões estanques, ainda mais na esfera sexual.. A mudança de sexo, atualmente, está mais acessível àquela pessoa para quem a natureza de seu organismo não é compatível com sua verdade subjetiva. Para além da liberdade sexual, o que fica em jogo é o sujeito que, sem saber ao certo sua posição sexuada, fica à deriva, objetalizado no fluxo de uma lógica dita “moderna”, porém muitas vezes sem bordas e sem limites.
Fomentados
por um discurso científico de que tudo é possível, os seres contemporâneos se
lançam cada dia mais nos procedimentos de readequação sexual, os chamados
“Processos Transexualizadores”, que compreendem desde tratamentos hormonais às
intervenções cirúrgicas. Sendo assim, a mudança de sexo, atualmente, está mais
acessível àquela pessoa para quem a natureza de seu organismo não é compatível
com sua verdade subjetiva (sua sexuação ou sua posição sexuada).
Vivemos uma era onde há
uma fluidez generalizada, causando mudanças em vários setores da vida, e aqui
podemos colocar de forma especial o campo da sexualidade, engendrando assim
novas identidades, novas identificações e consequentemente novos modos de
relacionamento.
A heterossexualidade,
ou seja, a lógica da relação heterossexual encontra-se para muitos seres
contemporâneos como algo ultrapassado e arcaico, chegando a existir certos
movimentos de liberação sexual para além dos padrões estabelecidos pela moral
social. Porém, para além da liberdade sexual o que está em jogo é o sujeito
que, sem saber ao certo sua posição sexuada, permanece à deriva, objetalizado no
fluxo de uma lógica dita “moderna”, porém muitas vezes sem bordas e sem
limites.
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