O que pode haver de similar entre o ato analítico e a postura zen no tiro com o arco?
A meu ver, tais práticas são fortemente marcadas por um fator, o Mushin.
Tal postura nos remete ao estado de 'não mente' ao 'nada na mente' e desprendimento de si mesmo, para que a intenção ceda espaço à tensão, única responsável por tocar aquilo que realmente precisa ser tocado, logo, o real da pulsão.
Para melhor entender o que pretendo introduzir aqui, sugiro o livro do filósofo alemão Eugen Herrigel "A arte cavalheiresca do arqueiro zen". Trata-se do relato de sua experiência com a transmissão zen na arte de tiro com arco, sob a tutela do mestre japonês Sensei Awa Kenzo.
Abaixo um antigo vídeo do sensei Awa.
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